E eu que pensei que aos dezoito seria independente e andaria sem lenço e sem documento pelos caminhos errantes do mundo, me vejo hoje amante dos hábitos caseiros, embaixo das asas do papai, feliz da vida. E eu que jurei não morrer de amores, não me prender aos sentimentos e defendi o amor livre, agora me matam por dentro as paixões de uma vida amante. E eu que no auge de minha rebeldia pensei que ser independente era simplesmente não depender de outra pessoa, quis me virar sozinha, gritei que não precisava de ninguém hoje, no auge de minha juventude penso que isso com independência nada têm a ver. Não sei se sou independente em minha vida, e sei que na verdade ninguém independe totalmente do outro, só sei que sou livre. Livre em meus pensamentos, sentimentos e ações. E o que é a liberdade sem independência, e independência sem liberdade? Um grande vazio que eu que felizmente, nunca conheci. (: