quarta-feira, 20 de maio de 2009

eu.

quando eu enfio na cabeça que quero alguma coisa eu me entrego por completo para que aconteça. me jogo, mergulho e sofro. porque não é assim que as coisas acontecem? e todo mundo diz: vai com calma, ninguém gosta de tanta intensidade, ninguém gosta de tanta verdade... e aí eu faço de conta que entendi.
mas eu nunca entendo. e nunca vou conseguir entender porque diabos eu tenho que não ser eu para que uma pessoa goste de mim. não tem lógica isso, tem? quer dizer, se eu quero que alguém goste de mim, eu tenho que ser EU.
e eu sou insegura, preciso que alguém segure minha mão para atravessar a rua, para atravessar as barreiras do sono... e é tão difícil encontrar alguém que entenda essa minha mania de querer abraçar o mundo, esse meu jeito confuso, esse meu choro incontrolável, essas minhas respostas maldosas, essas minhas piadas... essas coisas que são minhas e eu não consigo - e nem quero, abrir mão.
eu sou feita de frases, de intensidade, de amor, de compreensão, de cuidado e de maldade também. sou fútil de vez em quando, as vezes coloco uma mascara para parecer mais bonita, preciso que alguém entenda que eu também sou humana. preciso de alguém que venha comigo, que entenda que quando eu digo que não gosto de MONOGAMIA eu quero dizer que não consigo me conformar com a POLIGAMIA.
entendem? eu quero alguém que me aperte, me coloque na parede, me deixe segura, me diga verdades e seja, pelo menos uma vez por dia, sincero - não comigo, mas com si próprio. alguém que coloque os medos em cima da mesa junto comigo e que chore. alguém que compre champagne porque é noite de sexo. alguém que se emocione durante um filme.
alguém que me faça querer dar a mão, alguém que me faça esperar uma ligação. alguém que não precise de mim, mas que saiba que comigo as coisas ficam ao menos mais engraçadas. alguém que me faça compreender que o sentido de um relacionamento não é TER.
É SER.

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